É do conhecimento mais profundo da pessoa que nasce o nosso amor por ela. Foi assim da minha parte em relação ao nosso Fundador, o Bem-Aventurado Padre Francisco Jordan.

Nos anos de minha permanência em Roma, seja nos quatro anos dos estudos de teologia, integrando-me na comunidade da Casa Mãe, seja posteriormente como membro eleito para o Conselho Geral, vivendo sempre na Casa Mãe senti muito de perto a presença e lembrança do Bem-Aventurado Francisco Jordan. A começar pelo ar, que nos longos anos de sua permanência naquela casa, impregnaram todas as dependências da mesma casa que ele, sabe Deus, com quanto esforço adquiriu logo no início da SAI quando o número dos candidatos aumentava cada vez mais. Outras lembranças:

A imagem da Virgem Mãe das Dores presente na capela onde rezávamos ou concelebrávamos a santa missa durante essa permanência em Roma ao lado do altar de nossa capela.

A pequena imagem de Maria em cujas mãos o Bem-Aventurado Francisco Jordan depositava os pedidos de ajuda, que se encontrava nos fundos da assim chamada “Sala Cristo Rei”, na qual se encontra também a pequena biblioteca com os livros que ele manuseava.

 O conhecimento e o contato com muitos Salvatorianos que passavam continuamente pela Casa Mãe. Tenho até hoje em minha mente a pessoa do ilustre salvatoriano Pe. Paulo Pabst, que eu só conheci já acamado, nos últimos dias de sua vida, em cujo quarto fui conduzido logo que cheguei em Roma. 

Por último, a atual capela com a tumba do Fundador, diante da qual se joelhou e rezou o saudoso Papa São João Paulo II e por onde passam os Salvatorianos e tantas outras pessoas que visitam a Casa Mãe. E que desse lugar tão importante e santo ele continue abençoando a todos que dele fazem memória em sua vida!

Pe. Luiz Dalmolin Spolti, sds

Jundiaí, SP

Todo Salvatoriano sabe muito bem que o Bem-Aventurado Francisco Jordan nasceu aos 16 de Junho de 1848 em Gurtwel, numa pequena vila de Baden, a sul de Alemanha. Segundo a literatura salvatoriana, Jordan nasceu de uma família “humilde” e “simples”. Todas as vezes que leio sobre o Fundador da Família Salvatoriana e me deparo com as palavras “humilde” e “simples”, sinto-me cada vez mais chamado a seguir o Divino Salvador na humildade e simplicidade. 

As palavras “humilde” e “simples” remetem-me para a minha realidade familiar caracterizada pela humildade e simplicidade e, deste modo, a biografia jordaniana lança-me para o meu contexto cultural e devolvendo-me assim à Vida Religiosa na qual me encontro e me identifico (Salvatoriano). Com base nas minhas raízes identitárias, imperam-me a servir ao dono da messe seguindo os passos do Bem-Aventurado Francisco Jordan sem negar as minhas raízes. Portanto, para mim, lendo, meditando e rezando a vida do Jordan, chego a concluir que ele, em minha vida, é alguém que me aproxima ao meu contexto familiar, fazendo com que apesar de estar longe fisicamente do mesmo, sinto-me cada vez mais perto. 

A literatura salvatoriana afirma que, o Bem-Aventurado Francisco Jordan, tinha facilidade de aprender idiomas. O meu querido pai (já falecido) igualmente falava muitas línguas daqui de Moçambique e de alguns países vizinhos. Daí que para mim, Jordan não é somente um Pai espiritual mas, alguém que continuamente me diz como me dizia o meu pai biológico: “é na língua de cada povo onde se esconde a sua riqueza. Por isso filho, aprenda os idiomas e verás como é bom comunicar-se com o mundo”. Eis a Universalidade Salvatoriana a partir do meu cordão umbilical. Esse é o Bem-Aventurado Francisco Jordan em minha vida. 

Pe. Davide Caisse, sds

Moçambique

Quando entrei para os Salvatorianos em 1979, para a experiência de noviciado, nem sabia que o fundador da Sociedade se chamava Francisco Maria da Cruz Jordan. Nestes 40 anos como salvatoriano, aprendi a conhecer e amar este homem, que nos deu a cada um de nós e à Igreja um carisma e uma espiritualidade que foi, sem dúvida, um dom de Deus.

À medida em que fui conhecendo a história de Bem-Aventurado Francisco Jordan, seus sonhos e seus projetos, seu ideal e sua fundação, fui descobrindo o grande homem de Deus que ele era e a missão especial que Deus lhe tinha reservado. Destaco algumas das inúmeras virtudes que fui descobrindo do Bem-Aventurado Francisco Jordan, Pai fundador da Sociedade do Divino Salvador e de toda a família salvatoriana: A forma como viveu as virtudes cristãs; a oração como a arma mais poderosa; uma confiança inabalável na Divina Providência; grande devoto da Virgem Maria; amante da Palavra de Deus; extremamente obediente a Deus e à Igreja; uma grande abertura à universalidade (salvar a todos); um homem que deu testemunho de vida e descobriu toda a força que brota da devoção e do amor à cruz; extremamente simples e humilde e amante da pobreza. Nos ensinou que o principal estudo deve ser: meditar a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo Salvador do mundo. Queria ser santo para ser um bom instrumento nas mãos de Deus. 

Bem-Aventurado Francisco Jordan tem influenciado profundamente em meu ser salvatoriano. Foi me ensinando que sou seguidor de Jesus Cristo Salvador do mundo e que Ele é o centro e a razão de minha consagração. Que é fundamental me deixar guiar por sua Palavra que nos reúne em comunidade de fé e de amor e que eu seja um verdadeiro apóstolo do Senhor. Me ensinou a buscar viver com fidelidade e sentido de pertença, o carisma, espiritualidade e missão salvatoriana. Por isso louvo e bendigo a Deus por ser salvatoriano.   

Pe. Nelson Barbieri, sds

Colômbia 

Nascido em família de leigos salvatorianos, numa paróquia salvatoriana e tendo feito todo o processo de fé e iniciação cristã nestas mesmas condições fizeram com que o nome do Bem-Aventurado Francisco Jordan não me fosse estranho. No entanto, uma coisa é ouvir falar, outra é fazer a experiência pessoal com o Espírito que Deus inspirou o coração deste grande homem, nosso Pai fundador (cf. Jó 42, 5). Lembro-me de quando fazia o discernimento vocacional junto ao Padre Nelson, sds e Pe Célio, sds, e que eles usavam um livro azul o qual me chamava muita atenção. Não sabia que era o livro das Alocuções. Foi então que, após a tomada de decisão e o ingresso no propedêutico, tive um maior contato com quem era este homem. Aquele livro já não chamava atenção pela capa azul, mas pela constante leitura que comecei a fazer. Logo na primeira alocução, quando o Pai Fundador envia os primeiros missionários para Assam, na Índia, encarrega-lhes o serviço de salvar a muitos que lá os esperavam, sendo apóstolos que vivem e lutam sob o signo da Cruz de Cristo Salvador. Este pequeno texto tocou tão fundo ao meu coração que eu disse: “também quero isso para mim!”. Assim, com a sua intercessão, o Bem-Aventurado Francisco Jordan, tem me ajudado a me formar no caminho da Cruz salvadora, podando galhos antigos e fazendo crescer novos na árvore de minha vocação.    

Jn. Carlos Antônio Silva Maia, sds

IDA – São Paulo, SP

A beatificação de Pe. Jordan foi para mim uma epifania, uma experiência de fé, de contemplação, de beleza, de unidade, de uma alegria inexprimível! Ela se eterniza como uma confirmação de que a missão salvatoriana, intuída pelo Bem-Aventurado Francisco Jordan, é um dom do Espírito Santo e por isso sempre atual e significativa em todos os tempos e contextos. Experimento um novo impulso, um novo envio missionário e reitero meu amor e corresponsabilidade com a missão da Família Salvatoriana. Pe. Jordan é para mim, um místico de olhos abertos, de profunda lucidez, um zeloso apóstolo, modelo de seguimento e de compromisso com a missão libertadora de Jesus Salvador.

Irmã Sandra Regina Alves de Souza

Coordenadora Provincial – Lages, SC